5 de abril de 2009

ESSA É DOS CONTOS DE FADA.

Jadir Fank*

Na minha infância contaram algumas histórias de contos de fada. Não sei por que nesse domingo chuvoso, uma delas veio em minha mente. A história era assim num lugar muito distante, existia um povoado ordeiro e trabalhador. Todos seus habitantes, desde o mais humilde, sem instruções até o mais sábio lutavam para fazer crescer esse povoado. Seu Rei tinha a mesma intenção, fazer desse povoado um grande povoado com reconhecimento em todas as nações próximas. Assim o fez, falando sempre num povoado livre de ameaças, com jardins babilônicos, onde as belezas naturais, exorbitantes, eram plenamente dignificadas.

No inicio de seu reinado muitos problemas, naquele povoado, foram constatados, Muitas coisas o Rei precisava fazer. Quando questionado sobre isso, o Rei mesmo encarregava se de responder, através do moderno sistema de megafones que ali existiam. “Fui escolhido para ser o Rei de vocês e sou obrigado a achar alguma solução urgente para que esse povo ordeiro continue assim”. Com o propósito de conseguir realizar as devidas necessidades do povoado, o Rei enclausurou se dentro do castelo, rodeado de seus súditos, alguns fieis outros nem tantos. O tempo foi passando e nada do Rei resolver os problemas desse povoado. Enquanto isso no castelo, o Rei com seus súditos, ainda enclausurados, usufruíam das mordomias que o reinado proporcionava. Comida e bebida era uma fartura. E a população já pensava que a escolha do Rei era um equivoco.

O tempo foi passando e o povo ordeiro do povoado jogado a sua própria sorte. Os súditos juntamente com o Rei resolveram aparecer. Estavam mais gordos, pois a clausura lhes fez muito bem. Só acumulando calorias sem nenhum exercício físico. Não pensam vocês que o Rei com seus súditos, não estivessem preocupados com o povo do povoado. Estavam sim, pois sobraram algumas guloseimas, da época da clausura e resolveram repartir. Se as vias onde o povo caminhava era ruim isso não importava. Quanto menos o povo caminhar mais gordos fica. Se o povo avistasse alguns animais estranhos, diferentes ou não, de uma coloração negra ou não, não adiantava reclamar, pois fazia parte de um grande projeto de preservação das espécies. Além de ser uma ferramenta natural de limpeza dos resíduos deixados pelo povo, os súditos e o Rei.

O Rei por ser o Ser maior do povoado, vivia grande parte do tempo longe dos seus comandados, juntando se numa espécie de clero dos Reis, onde existiam dois Reis maiores. Um comandando um grupo de Reis e o outro comandando os Reis desse grupo de Reis. Mas isso não importa, pois Rei tem esse direito, foi dado a Ele. Enquanto isso o povoado continuava na esperança de dias melhores. No retorno do Rei ao povoado, os súditos sempre estavam à espera, para poder beijar os pés do Mesmo, na esperança da sobra de mais algumas guloseimas. Quando a guloseima não era mais suficiente, alguns súditos resolveram enfrentar o Rei, se opondo ferrenhamente, numa espécie de revolta.

Mas o Rei foi mais inteligente, é natural, Ele é o Rei. Com o espírito de resolver as necessidades do povo, resolveu repartir e concretizar alguns feitos no povoado. O Rei apostou as fichas no povo. Se o povo tem memória curta, vamos resolver seus problemas num espaço curto. Assim o fez. Enquanto uns ex-súditos, antes amigos, gritavam que o Rei vai utilizar o Dom que tem para permanecer no castelo. Os gritos eram de profundo conhecimento de causa. O povo ordeiro e trabalhador, que sempre depositou confiança no Rei, e Ele sabendo disso retribui com um dos mais belos gestos do reinado. A simpatia. Quando o Rei se sentia ameaçado procurava outros súditos junto ao Rei do clero. O importante é manter o reinado. Juntando forças o reinado permanecerá, tanto no clero como no povoado. E o povo? Ah, o povo... Cada um poderá imaginar o final dessa história, desse povoado muito distante.

Peço desculpas por escrever uma história dos contos de fadas da minha infância, faltou inspiração para escrever algo real.

Até a próxima.

Administrador de empresas e professor universitário

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Matéria publicada no Jornal do Comércio, do jornalista Jota Parente.

3 comentários:

Anônimo disse...

Qualquer semelhança com fatos reais terá sido mera coincidência...

Jubal Cabral Filho disse...

Faremos mais...
Vamos colocar tópicos do artigo do professor pra serem analisados pelos 4 leitores do blog...rsr

Anônimo disse...

Tive a sensação de que esse artigo não era de um povodo tão distante não. Vocês não acham?? Percebi que tinh algo a ver com nossa querida Itaituba... Posso estar enganado. Será???