Uma campanha de realização do plebiscito pela criação do Estado do Tapajós, nos leva a crer que nenhum dos idealizadores se preocupa como rio de mesmo nome. Nada ou nenhuma linha é colocada sobre ele.
Em todas as cidades que são banhadas pelo outrora formoso rio aprecia-se cenas deprimentes de vandalismo explícito para com suas águas, apesar das mesmas serem captadas para abastecimento de água potável em Itaituba, Aveiro e Santarém.
São lavadores de carro que jogam em suas águas a mistura de óleo e areia; são banhistas que apreciam suas praias mas contribuem com um lixo orgânico e inorgânico imenso; são passageiros dos barcos que não hesitam em lançar o lixo nelee; são balseiros e garimpeiros artesanais que retiram o ouro aluvionar e provocam o assoreamento do leito.
Ainda querem transformar suas corredeiras em lago de hidrelétrica. Ou hidrovia para escoamento de produtos. Mais uma ação destruidora do belo rio? Uma lição está sendo mostrada aqui. Por que não aprendemos antes que seja muito tarde e não tenhamos sequer água por aqui?
Enfim, somos todos nós que não respeitamos aquele que já foi o "mais belo rio do mundo".
Estamos, na verdade, transformando o Tapajós num Tiête dos anos 1980!
Pobre belo/feio rio. Quem cuidará de ti?
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