6 de janeiro de 2010

Na Ilha do Faial...

Do colega português C. Faria, dos Açores:
A questão é muito pertinente e de difícil implementação, tanto aí como aqui, pelos motivos que estão bem patentes no post.
Quando na sequência do sismo de 9 Julho de 1998 a minha freguesia rural e outras zonas da ilha do Faial foram destruídas, os problemas geológicos vieram ao de cima no planeamento da reconstrução.
Como geólogo estava consciente da situação, pelo que apoiei de imediato as iniciativas públicas nesse sentido e inclusive integrei a equipa de técnicos encarregues de elaborar a carta de riscos para a ilha do Faial.
Como presidente da junta de freguesia que também era, pelo maior partido da oposição à câmara e ao governo, consegui que os dois lados da barricada pudessem implementar o reordenamento da Ribeirinha sem grandes lutas... infelizmente, noutras localidades a coisa foi gerida mais politica que tecnicamente e riscos foram por vezes ignorados.
Depois com o passar dos tempos a situação voltou ao normal e já se vêem cada vez mais autorizações em locais de maiores riscos. Até um dia...


Muitos julgam, quando fazemos previsões sombrias dos desastres anunciados, que estamos sendo pessimistas. Eu me julgaria otimista se ocorresse uma tragédia evitável e os danos forem só materiais.

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