Em Geologo.com.br:
"Não faz muito tempo (foi no ano passado, na verdade) que saíram por aí soltando rojões sobre a auto-suficiência brasileira em petróleo. Para o governo, a inauguração da plataforma P-50 da Petrobras, a 21 de abril do ano passado, virou o marco oficial do fim da dependência do país na produção do óleo. Seguiu-se, até dois meses depois, uma campanha publicitária de R$ 37 milhões de reais sobre o feito. Um ano depois, o país de fato já tem uma procução excedente de barris. A exportação brasileira de petróleo ficou em 2,39 milhões de barris de óleo cru no ano passado, segundo dados da Agência Nacional do Petróleo (ANP), e nos dois primeiros meses de 2007, as exportações superaram as importações em 1,8 milhão de barris. Isso, no entanto, não quer dizer que o país já aufere lucros com a auto-suficiência. A explicação é a diferença de cotações entre o petróleo pesado que o Brasil vende, mais barato, e o leve, que importa e é mais nobre - assim, o saldo da balança comercial de petróleo segue negativo. Segundo previsão da Petrobras, somente em 2010 o país conseguirá zerar, de fato, as perdas. A solução para isso passa pelas refinarias, projetadas para processar o petróleo leve importado principalmente do Oriente Médio, e que não aproveitam plenamente a produção brasileira. Hoje as refinarias operam com uma mistura que varia de 80% a 85% de óleo pesado, completando com óleo leve. A despeito de ser uma porcentagem relativamente pequena, a diferença de preço pesa nas contas. No ano passado, o preço médio do barril importado foi de 68,61 dólares, 34% maior que os 51,32 dólares médios do barril exportado. Em fevereiro deste ano, a diferença se acentuou – 61,28 dólares por barril comprado, ante 44,97 dólares, uma diferença de 36%".
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