24 de abril de 2006

O ANTEPASTO

Há algum tempo atrás conheci um personagem falante, bem humorado, mão aberta e desprendido das coisas da vida. Era só a “casca” do rapaz!
Não valia, como meu pai sempre profetizava sobre estes tipos, o que o gato enterra.
Têm um prazer mórbido de enganar os outros. Inúmeras foram suas vitimas, em todos os lugares por onde passou: Jacó em Jacareacanga, Baeco em Itaituba, alguns outros em Belterra e Santarém, o prefeito de Limoeiro do Ajuru, a prefeitura de Aveiro e finalmente, esta “anta” que aqui escreve. Aliás, eu não sou o último: tem o prefeito de Mocajuba na história neste momento. Mas, já foi avisado do problema.
E eu como muitos outros ao redor havia sido seduzido pelo canto da sereia que parecia emanar deste falastrão. O nome da “fera”: Pedro Barros ou Pedro da Fênix, Pedro da Vala, Pedro dos Cheques sem Fundos, das obras nunca acabadas, das compras nunca pagas, enfim, das ações sempre problemáticas.
O Pedro foi preso em Itaituba por não pagar o hotel. Foi despejado de outros em Santarém e em Belém. Quase apanha em frente à casa da Vera, por ter comprado uma canoa e não ter pago a mesma.
É sócio proprietário da Fênix Serviços Gerais, empresa que tem como atividade principal “outras obras de engenharia”. Realizou um monte de obras em Belterra, na administração do Oti Santos. Foi “adotado” pelo Eduardo Azevedo, lá de Jacareacanga e depois pelo Carlinhos Veiga, seu sucessor. Suas obras nunca foram terminadas. Sempre faltava alguma coisa: o dinheiro era desperdiçado em farras e “bondades” e não era aplicado nas obras. Mas ele dá a nota fiscal de serviços por 8% do valor da obra, tá? Aliás, de qualquer obra em qualquer lugar.
A última vez que saiu de Jacareacanga ficou devendo pro seu Arnor (um merendeiro) cerca de R$2.000,00 (dois mil reais) que o Carlinhos teve que pagar. E é metido a “besta”: aluga um carro que custa R$3.000,00 (três mil por mês) da locadora do irmão do prefeito de Jacareacanga. Problema de ele devolver o dinheiro que ganhou nas suas obras incompletas, né?
Recentemente me ligou pra que eu fizesse uma viagem de estudo preliminar de um projeto de abastecimento de água pra Aveiro. Fui com ele. Aquele segundo de estupidez me fora concedido e eu não havia percebido. Resultado: emprestei até meu cartão de crédito pra pagar a conta do hotel que “no mais tardar na sexta-feira eu te dou o dinheiro” e até hoje estou procurando o Pedro Barros. Nem o serviço nem o dinheiro do cartão.
Agora já sabem porque o título? Mas estou avisando: tem volta!
O prato principal tende a ser mais gostoso que o antepasto.

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