23 de abril de 2006

MINERAÇÃO EM UC's

Esta nota abaixo foi retirada do site geologo.com.br:

"Além do debate sobre a mineração em áreas indígenas, noticiado ontem pelo seu Portal do Geólogo, um tema conexo volta a ganhar a atenção da mídia, desta vez por ocasião do lançamento de um estudo do Instituto Socioambiental.
Trata-se da mineração em Unidades de Conservação na Amazônia. As Unidades de Conservação, áreas de proteção ambiental onde as atividades econômicas são restringidas, são uma das principais vitrines ambientais do governo Lula na Amazônia. Apenas em seu governo, foram criadas seis Unidades de Conservação de Proteção Integral e vinte e uma Unidades de Conservação de Uso Sustentável, perfazendo uma área protegida total de mais de 15 milhões de hectares.
O Instituto Socioambiental realizou um estudo apontando a mineração como uma atividade econômica cujo impacto ambiental, apontando, para isso, dados do Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM). Segundo tais dados, existem mais de 6 mil processos minerários em áreas englobadas pelas UCs, dado que a entidade considera "grave". Sabe-se, universalmente, da necessidade da preservação ambiental como condição para um desenvolvimento sustentável. No entanto, é de conhecimento dos profissionais da mineração e estudiosos do setor que o Governo Brasileiro, seja na esfera federal, estadual ou municipal, acha que com uma simples "canetada" resolve-se o problema da preservação. É de se espantar que várias áreas com um subsolo riquíssimo, do ponto de vista mineral, sejam "protegidas" numa inclusão em UCs, enquanto poderiam desenvolver a região ao seu redor e gerar empregos. Ademais, o governo insiste em não enxergar que, abdicando da opção pela mineração sustentável, tudo o que pode acontecer é a destinação de campos muito maiores do que uma mina, que terminarão por produzir muito menos riquezas e alimentar muito menos gente do que uma exploração mineral consciente.
O fato que não é devidamente focado pelos governantes míopes é que a mineração não devasta tanto quanto se propala. Mesmo as maiores minas a céu aberto (as subterrâneas tem pequeno impacto ) tem áreas significativamente menores do que qualquer fazenda média da Região Norte. É importante lembrar que todos os projetos de mineração prevêem a recuperação do meio ambiente no final da mina. Isso, obviamente, não ocorre com os empreendimentos agrícolas e agropecuários.
Os governantes deveriam estudar melhor as imagens de satélite da região de Carajás (vide matéria original no site), um dos maiores empreendimentos mineiros do mundo. Estas imagens mostram claramente a dramática devastação feita pelos fazendeiros ao redor da região protegida de Carajás onde mal é possível visualizar-se, nesta escala, os empreendimentos mineiros. Lembre-se que as áreas vermelhas de Carajás são campos naturais que nunca foram devastadas antes. São verdadeiras anomalias de vegetação sobre o minério de ferro que gera um solo muito pobre.
Como negar este fato?
A quem interessa o fim da mineração Brasileira na Amazônia?
Por que o nosso Governo se deixa conduzir por interesses contrários à população que ele deveria respeitar e proteger?"
Esta matéria é de imenso valor pela contribuição às ações escandalosas que estão sendo levadas a efeito pelo Governo Brasileiro. Não adianta SOMENTE decretar as Unidades de Conservação; tem que produzir a legislação correlata (mineral) e dar condições aos órgãos de vistoria ambiental para que os trabalhos de análise ambiental seja realizado. Hoje, o IBAMA e os órgãos de análise ambiental estadual e municipal não tem pessoal competente para efetuar as vistorias e emitir parecer sobre a mineração.
Tem que se tomar cuidado com estas ações hipócritas e inúteis.

2 comentários:

Fátima Silva disse...

Vim aqui dizer que o sêlo pela Amazónia já está a votação. Quando puder passe por lá. Um abraço.

Mikas disse...

Voltaste!! Estou muito contente!