19 de janeiro de 2006

Uma Nova Minamata?

Um artigo publicado recentemente traz notas preocupantes sobre a presença de mercúrio nos sedimentos do fundo e das águas do sistema estuarino Santos-São Vicente.

Pesquisadores do Laboratório de Oceanografia Costeira da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) – mas com grande ligação com a Baixada Santista – e do Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (Ipen) acabam de divulgar um estudo que serve de alerta para os responsáveis pelo monitoramento ambiental do litoral paulista.
Análises metodológicas refinadas, feitas em 31 amostras de sedimentos, mostraram que a concentração de mercúrio na região pode ser preocupante. Em 90% dos pontos de coletas, segundo os resultados apresentados pela edição atual do Journal of the Brazilian Chemical Society, os índices estão acima dos considerados ideais pela Cetesb, agência de controle ambiental paulista. O valor dado como aceitável pelas normas internacionais, também seguidas em São Paulo, é de 0,13 micrograma por grama de material coletado.

PS (19/01/2006): Professor Félix Rodrigues (desambientado) que esteve no 7º Congresso Mundial sobre mercúrio no Ambiente sugere o seguinte link para complementar a informação acima:

http://congress.cd-cc.si/icmgp04/?menu_item=programme&menu_level=2

5 comentários:

Desambientado disse...

Já há muito tempo que os níveis de mercúrio nos sedimentos na costa brasileira, vem assumindo valores preocupantes. Há cerca de um ano esyive no 7º Congresso mundial sobre mercúrio no ambiente e verifiquei que ibnclusivamente os níveis de mercúrio na Amazónia tem vindo a crescer drasticamente. Deve-se ao aumento da mineração "doméstica" nessa região.

Desambientado disse...

Só para agir pro-activamente, nessa conferência foram apresentadps mais de 30 artigos sobre o mercúrio no Brasil.
Informação sobre esses títulos podem ser encontrados em:

http://congress.cd-cc.si/icmgp04/?menu_item=programme&menu_level=2


Um abtraço:

Félix

Jubal Cabral Filho disse...

Professor,
tenho convivido, aqui na Amazônia com esta realidade constantemente.
Conheço locais de garimpagem onde o uso do mercúrio é abusivo e as autoridades (?) fazem vista grossa. Os estudos ainda são poucos (como pode ser visto na nota postada "A Amazonia precisa de mais cinetistas") e com mínima repercussão em nosso habitat. Além de existirem controvérsias gigantescas nos métodos apresentados.
Estaremos atentos ao fato para que possamos minimiza-lo em todo o planeta.
Obrigado por seus comentários apropriados.

Desambientado disse...

Jubal.
Será um prazer colaborar.
Não me trate por Professor, trate-me por Félix.

Vou ver se encontro alguns artigos sobre mercúrio na Amazónia, para lhe enviar. Estão todos em inglês, é problema?

Jubal Cabral Filho disse...

No problem.
Eu domino a língua inglesa aos bofetões e ela sempre teima em fugir do meu controle, mas eu sempre consigo.
Obrigado, Félix.