28 de julho de 2006

LADRÃO DE GALINHA

Uma crônica de Aldisio Filgueiras, publicada no jornal Correio Amazonense, de Manaus retrata a "Saudade do Ladrão de Galinha". Um trecho da crônica diz assim:

"A maior vergonha do mundo, era ser ladrão de galinha, o último dos estigmas, a pena de morte social, o fim da picada. Não havia internet, mas todo mundo sabia quem era o ladrão de galinha, pela rede global do boca-a-boca, do disse-me-disse. Era tão eficaz e eficiente essa comunicação pré-eletrônica que até o ladrão de galinha tinha vergonha de ser ladrão de galinha".

Tempos em que políticos não "arranjavam verbas" para construir mansões, montar empresas de aluguéis de carro, roubar merenda escolar, fraudar licitações ou participar de "sanguinárias" quadrilhas.

Um comentário:

Jota Ninos disse...

É bom lembrar que no tempo em que se tinha vergonha de roubar galinha, existia também a figura do colarinho branco, que sempre esteve em nossa história política. Sua fama também corria oralmente, mas havia também o quê de benevolência por parte de quem murmurava, ao votar no mesmo crápula sob a alegação de que "rouba, mas faz".
Talvez a diferença básica entre o colarinho branco de outro e o sanguessuga de hoje esteja exatamente na intensidade do "rouba, mas faz".
Hoje, além de roubarem, os políticos nada fazem para a patuléia e a divulgação constante os transforma em verdadeiros assaltantes, tão próximos da figura de um traficante de morro (que por sua vez fass mais á uma comunidade favelada do que os tais políticos).
Triste inversão de valores!